The Happening: Por que o Pior Filme de Shyamalan é de Natal?
Por Oliver A. - Publicado em 21/12/2025
O Contraintuitivo Filme de Natal: Por Que “Fim dos Tempos” de Shyamalan é o Cult Perfeito para as Festas
As tradições cinematográficas natalinas são bem estabelecidas: Esqueceram de Mim, Um Conto de Natal, e talvez um punhado de comédias românticas açucaradas. Mas e se a verdadeira essência da alegria festiva estivesse em abraçar o caos, a atuação desastrosa e o pânico ecológico?
Uma teoria que tem ganhado força na internet — e que exige atenção imediata — afirma que Fim dos Tempos (The Happening, 2008), o infame thriller de M. Night Shyamalan sobre plantas que induzem o suicídio em massa, é, na verdade, o filme de Natal ideal.
Essa é uma afirmação ousada, considerando que o filme é frequentemente citado como um dos piores momentos nas carreiras de Mark Wahlberg e Zooey Deschanel, e um ponto baixo para o próprio Shyamalan. No entanto, é precisamente na sua estranheza inegável e no seu charme involuntariamente cômico que reside o seu poder de atração sazonal.
O Veredito Universal: Um Filme “Terrivelmente Bom”
Fim dos Tempos narra a história de Elliot Moore (Wahlberg), um professor de ciências do ensino médio que tenta fugir de um surto inexplicável onde o vento transporta uma neurotoxina que força os humanos a se matarem. A premissa é assustadora, mas a execução… bem, é singular.
Críticos na época detonaram o filme por sua rigidez tonal, diálogos bizarros e, crucialmente, pela performance notoriamente robótica de seu elenco principal. Quem pode esquecer a entrega icônica de Wahlberg de frases como “What? No!” ou o momento em que ele tenta argumentar com uma planta? É terrível. Mas é delicioso, da mesma forma que só um filme de M. Night Shyamalan no piloto automático consegue ser.
O conceito de um filme ser tão ruim que se torna bom — o famoso “so bad it’s good” — é uma peça central na cultura pop, e poucos filmes atingiram esse patamar de maneira tão rápida e decisiva quanto The Happening. Ele oferece uma experiência de visualização que exige uma plateia ativa, constantemente comentando e rindo dos absurdos na tela. E isso nos leva ao seu apelo festivo.
A Química Perfeita para a Temporada de Festas
O Natal é época de reuniões, e reuniões pedem entretenimento compartilhado. Filmes como Fim dos Tempos prosperam no ambiente de grupo, oferecendo a oportunidade perfeita para rir de coisas que não deveriam ser engraçadas.
A Duração Ideal e o Fator Discussão
Ao contrário dos épicos natalinos inchados ou dos longos filmes de premiação, Fim dos Tempos é surpreendentemente conciso. Ele tem o comprimento ideal para ser assistido após a ceia, quando todos estão relaxados, mas antes que a sonolência total tome conta. E a quantidade de detalhes questionáveis que ele apresenta é um motor de discussão garantido:
| Fator | Tempo de Tela | Potencial de Discussão |
|---|---|---|
| Duração do Filme | Cerca de 91 minutos | Perfeito para uma rodada rápida de “O que eu acabei de ver?” |
| Atuação de Mark Wahlberg | Constante | Alto. Debate sobre se foi intencional ou apenas falta de direção. |
| Lógica Científica | Quase nula | Extremamente alto. Discussão sobre a “teoria da planta vingativa”. |
Contrateste à Doçura Excessiva
Depois de semanas inundados por jingles de Papai Noel, luzes piscantes e a pressão social por felicidade ininterrupta, as pessoas buscam uma válvula de escape. O filme de Shyamalan é o antídoto ideal para a sobrecarga de açúcar cultural.
O Natal exige um contraponto. Se estamos sendo forçados a absorver a alegria perfeita, precisamos de algo que nos lembre do caos inerente ao universo. E o que é mais caótico do que uma história onde a Mãe Natureza decide que já basta dos humanos?
O Elemento Comédia Involuntária
O humor em Fim dos Tempos não está nas piadas escritas, mas nos momentos em que o filme se leva extremamente a sério enquanto a plateia desmorona em risadas. É o tipo de diversão irônica que só é possível quando a expectativa de qualidade é completamente suspensa. O filme oferece uma pausa do auto-engrandecimento de Hollywood, permitindo que os espectadores simplesmente se divirtam com a bizarrice.
Por Que Abrir Mão da Perfeição?
Em última análise, a tese de que Fim dos Tempos é um filme de Natal ideal não é sobre sua qualidade cinematográfica intrínseca, mas sobre seu valor como uma experiência social. É um filme para esquecer as obrigações familiares e as resoluções de Ano Novo, e apenas se entregar à discussão sobre por que um filme tão confuso existe.
Se você está buscando uma alternativa à rotina, chame seus amigos, prepare o chocolate quente e deixe que M. Night Shyamalan te leve a uma viagem estranhamente reconfortante pelo apocalipse:
- É curto e eficiente.
- Gera risadas genuínas (mesmo que por motivos errados).
- É um ponto de partida para ótimas discussões em grupo.
- Oferece o alívio necessário do excesso de espírito natalino.
No final, talvez o melhor presente de Natal seja a liberdade de assistir a um filme objetivamente ruim e, ainda assim, amá-lo por isso.
Oliver A.
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